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Mostrando postagens de agosto, 2024

Especial Lúcio Rangel, parte V - CARLOS CACHAÇA, SHAKESPEARE À BRASILEIRA

     Numa tarde de 1935, Lúcio Rangel levou Rubem Braga ao morro da Mangueira. Foram visitar Cartola. Lá pelas tantas, Cartola começou a cantar um samba. “Semente de amor sei que sou desde nascença/Mas sem ter brilho e fulgor eis a minha sentença”. A música chamou a atenção do cronista com alma de poeta, a ponto de Rubem afirmar que a letra era digna de um Shakespeare.       Trinta anos depois, num encontro com Cartola, o cronista pediu que o compositor cantasse  o samba. “Me esqueci!”, respondeu. Rubem ficou muito decepcionado. “Pois outro dia, lendo um artigo de Hermínio Bello de Carvalho, que sabe das coisas, fiquei sabendo que a letra é de um tal Carlos Cachaça, parceiro de Cartola”, revelou o sabiá da crônica, com exclusividade para O Pasquim.  Fonte: O Pasquim  

O HOMEM GENTIL

     No início de 2006, Eduardo Vinicius de Souza, o maior colecionador de camisas do Flamengo, me procurou. Queria um favor: uma cópia do ‘Caso Verdade’, programa da TV Globo que contava a história de um garoto da Cruzada São Sebastião, conjunto de prédios residenciais para a população carente no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro. Edu comentou que, num encontro com Adílio, o craque revelou, muito triste, que as imagens da fita VHS onde tinha gravado o programa já estavam muito ruins.      Com algum contato no Projac – o programa estava lá, em rolo de filme – não foi difícil conseguir. “Está aqui na minha mão”, disse a Edu, três dias depois. “Agora é só buscar”. Dez minutos mais tarde, Edu voltou a me ligar. “O Adílio faz questão de te agradecer pessoalmente”, disse. Declinei do convite. O que conversar com ele? Mas, num outro telefonema, Edu disse que o craque insistia. Convencido, fomos encontrá-lo num restaurante da Barra da Tijuca.     ...