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SALDANHA VISITA MUSEU DO ÍNDIO


 

    De volta ao estádio Mario Filho como mandantes, torcedores do Botafogo discutem qual o melhor setor para assistir o jogo contra o Criciúma, na sexta-feira, 18 de outubro: o acesso pela estátua do Bellini ou pela rampa da UERJ, a opção pelo antigo portão 18 ou pela entrada ao lado da Aldeia Maracanã, que já abrigou o Museu do Índio.

    O museu me fez lembrar de uma cena cômica. Na década de 1970, um torcedor, a caminho do Maracanã, se encontrou com o jornalista João Saldanha.  “Saldanha, você por aqui? Veio ver o jogo?”, perguntou. João, sem paciência, devolveu, de bate-pronto. “Não. Vim visitar o Museu do Índio”.

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Especial João Gilberto, parte I - JÁ NO ENSAIO, A BUSCA PELA PERFEIÇÃO

Pós-reportagem a partir de um vídeo no YouTube      Estamos em abril de 1978. João Gilberto ensaia o show que fará dali a algumas horas no Teatro Castro Alves, em Salvador. Com os pés num banquinho, João parece tranquilo. Calça azul e camisa de manga comprida da mesma cor num tom mais claro, conversa com Miúcha, sua ex-mulher. No fundo do teatro, técnicos de som trocam impressões. João maneia a cabeça. A cantora se aproxima. “Não ouço nem o grave nem o agudo”, se queixa. Miúcha abre os braços, como se estivesse indicando para onde as notas devem reverberar. O cantor faz um muxoxo e começa a tocar. ‘Dá licença, dá licença, meu senhor/Dá licença...’ Logo interrompe a música de Denis Brean, o compositor que, segundo ele, fez uma música linda sobre a Bahia sem nunca ter estado lá. “Voltou com o barulho!”, reclama, fazendo círculo com uma das mãos. Dá uma sentença aos técnicos, que estão no fundo do teatro. “Depois de qualquer som, reverbera e distorce”, vaticina. “Uen, uen, u...

A VOZ DA SOLIDARIEDADE

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